Cidade da Praia, 14 Maio (Inforpress) – A autarquia da Praia está a trabalhar em concertação com alguns parceiros para que até 2025 tenha uma cidade com “soluções inteligentes” em mais diversas áreas que visam melhorar a qualidade de vida da população.
A apresentação oficial do projeto, que vai basear-se no concurso de ideias “Smart City – Praia 2025 – Cidade com Sorriso”, foi feita hoje, em conferência de imprensa, pelo vereador do Urbanismo, Rafael Fernandes, com a participação do Grupo Loide Engenharia, na pessoa da sua presidente, Loide Monteiro, e da Associação dos Jovens Empresários de Cabo Verde (AJEC), através de Luís Frederico, dois parceiros do projeto.
De acordo com o vereador, o objetivo do projeto “Smart City” (cidade inteligente) é “trazer alguma inteligência às aplicações da cidade”, sobretudo para tornar mais amigável a relação do cidadão com a cidade, através de diversos serviços, por forma a facilitar a vida das pessoas.
“A ideia é tornar mais eficientes os serviços, as infra-estruturas e os equipamentos e, sobretudo, tornar a cidade um sítio aprazível de se viver”, explicou Rafael Fernandes, citando exemplos de aplicações como na área de transporte público, sobre o camião de lixo, farmácia de serviço, entre outras.
Rafael Fernandes afiançou que a ideia é em 2025 ter uma cidade considerada inteligente, mas que as ideias podem começar a ser introduzidas antes, adiantando que a Câmara Municipal da Praia irá fazer investimentos, mas que em projetos cujo montante é superior à sua capacidade vai procurar parcerias.
Por sua vez, a engenheira Loide Monteiro explicou que o objetivo do concurso que já foi lançado durante o “CV Next”, realizado em Abril, é fazer com que os jovens imaginem como é que gostariam de ter a Praia em 2025 com as novas tecnologias e apresentar soluções de inovações para que se tenha “cidade inteligente”.
“Podemos aplicar inteligência em qualquer actividade dentro de uma cidade. Sabemos que há muitas pessoas com ideias brilhantes, mas falta uma plataforma para apresentar e depois aplicar as mesmas”, disse Loide Monteiro, frisando que a finalidade é, também, que a urbanização acolha as ideias do concurso.
O apelo à participação no concurso foi feito pelo representante da AJEC, Luís Frederico, que realçou que os participantes vão ter a oportunidade de não só apresentar ideias inovadoras, como também trabalhar com especialistas e mentores nacionais e internacionais, em eixos como eficiência energética, água, novas tecnologias, tratamento de resíduos sólidos, educação, saúde e governança.
O concurso, cujas pré-inscrições decorrem até 25 de Maio, vai, numa primeira fase, proporcionar aos inscritos a participação em um workshop para trabalharem e aprimorar as ideias, para depois terem três meses para apresentarem os projetos finais que vão ser avaliados por um júri.
“A equipa de júri vai avaliar a parte da viabilidade, o impacto na comunidade e a inovação, sendo que a oportunidade maior é o facto de os vencedores transformarem as ideias numa possível empresa que venha a ser rentável e exportar o serviço para outras partes”, precisou Luís Frederico, apontando que no final do concurso, aberto a participação de pessoas de todas as ilhas, com prioridade aos jovens dos 18 a 45 anos, irão premiar três homens e três mulheres.
O Governo, Núcleo Operacional da Sociedade de Informação (NOSI), Bolsa de Valores de Cabo Verde (BVC), Centro de Energias Renováveis e Manutenção Industrial (CERMI), empresários, retalhistas, vendedores, serão, entre outros, parceiros na implementação do projeto que no decorrer da sua implementação terá um fórum próprio para debate e trocas de ideias.